Teve início, neste domingo, a campanha eleitoral à prefeitura e à Câmara de Vereadores. O mais desafiador e imprevisível pleito chegou. Como vai ser? Vamos descobrir dia a dia. Até porque, em princípio, largam na frente tanto à corrida ao Legislativo quanto ao Executivo aqueles nomes que são conhecidos do eleitorado.
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Sem caminhadas ou possibilidades de arrastões, no campo e na cidade, os novatos terão dificuldades em se fazer conhecidos. As redes sociais irão ganhar papel preponderante. O que, aliás, já pôde ser visto ontem. Aplicativos de troca de mensagens entraram em estado de ebulição. Este é e será o foro para o recebimento de jingles, cards (cartões) de apresentação dos candidatos com nomes e números à prefeitura e à Câmara. Comédia e política, em geral, não combinam.
Mas a política está aí para provar que sempre há margem para que novos Tiriricas - com a ausência de propostas - surjam. O voto de protesto, evocado por muitos, quase sempre redunda em um empobrecimento da nossa já rasa política.
DIFÍCIL DE COLAR...
Porém, há uma situação que precisa ser dita: a disputa municipal é discussão municipal. Dá para dizer, seguramente, que o peso da ideologia de partidos é quase insignificante. Desta forma, quem queira, por exemplo, "nacionalizar" qualquer discussão não deve ter grandes ganhos.
O eleitor quer mesmo saber é como o candidato fará para resolver problemas como o posto de saúde que não funciona, a rua que não está asfaltada, entre outras questões. Como ele irá agir frente a um contexto de pandemia que encolheu a receita do município e que nos coloca frente a um horizonte de restrição, de contenção e, principalmente, da capacidade de fazer escolhas (nem sempre fáceis) a partir de 2021?
IMPACTO MAIOR
Em uma eleição, com menor tempo de campanha, somada à pandemia, quem certamente larga em desvantagem são os postulantes à Câmara. Até porque uma campanha ao parlamento local é construída a partir do contato. Ou seja, com a perda de território, saem na frente aqueles que já são detentores de mandato. Toda batalha exige estratégias e, neste pleito, mais do que nunca, os avanços bem como eventuais retrocessos e perdas de espaços (virtuais e territoriais) irão passar por o uso de estratégias viáveis e inovadoras.